tag:blogger.com,1999:blog-48207393189854308782024-03-13T10:46:05.624-07:00Pensamento em DebateEspaço destinado a reflexões sobre Educação, ética, cidadania e afins.Douglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-45616571573420917682011-10-11T11:48:00.000-07:002011-10-11T11:49:21.903-07:00O celular e o professor<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/-dGOK8MeNIdo/TpQtbCqrKQI/AAAAAAAAAPc/pRQOFu4DpuQ/s1600/sala-de-aula1.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 284px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-dGOK8MeNIdo/TpQtbCqrKQI/AAAAAAAAAPc/pRQOFu4DpuQ/s1600/sala-de-aula1.gif" border="0" alt="" /></a><br /><br /><br />O uso do aparelho celular durante as aulas configura-se um ato de indisciplina. É proibido por lei. Na verdade, nem haveria a necessidade de tal lei, pois se trata de uma regra básica de educação. O pais devem ser responsabilizados por isso, antes de presentear o filho com o celular, ensinar as regras básicas de educação.<br /><br /><br />Autor: Luiz Antonio Miguel Ferreira [1]<br />Foi notícia, recentemente, o caso de violência praticada por um aluno contra uma professora, uma vez que a mesma o repreendeu pelo uso de aparelho celular, durante a aula. A professora foi agredida com chutes e agressões na cabeça, por semelhante conduta profissional. Depois de o celular tocar por quatro vezes, ela pegou o aparelho e o levou à diretoria, fato que motivou a agressão por parte do aluno. O adolescente foi suspenso das aulas por três dias e responderá pelo ato infracional praticado perante a Vara da Infância e da Juventude, podendo sofrer uma das medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.<br />Pobre professora, agredida, por desempenhar, de maneira exemplar, o seu mister e por fazer cumprir a lei. Sim, porque, no Estado de São Paulo, vigora a Lei nº 12.730, de 11 de outubro de 2007, que foi regulamentada pelo Decreto n. 52.625, de 15 de janeiro de 2008, estabelecendo a proibição, durante o horário das aulas, do uso de telefone celular por alunos das escolas do sistema estadual de ensino.<br />Na verdade, nem haveria a necessidade de tal lei, pois se trata de uma regra básica de educação, ou seja, não utilizar o aparelho celular durante as aulas, peças de teatros, cinemas, cultos e missas, palestras etc. No entanto, por carência de formação familiar, a lei vem reforçar a necessidade de se cumprir esta norma geral de convivência e disciplina.<br />A professora agiu dentro da maior legalidade possível. A retirada do aparelho celular, que esta sendo utilizado indevidamente, é um ato necessário e legal para o bom desempenho das atividades docentes. Não há como conciliar-se o desenvolvimento das aulas com o uso do aparelho celular, durante a realização das mesmas. Pode-se, num primeiro momento, retirá-lo e deixá-lo na própria sala de aula, onde o aluno poderá reavê-lo, quando do término das atividades. Em caso de reincidência, pode ser retirado e levado à diretoria, fazendo com que o aluno o retire após todas as aulas. E, na hipótese de continuidade de tal conduta, existe a possibilidade de retirada do aparelho e entrega, pela diretoria, somente a um dos pais ou responsáveis, que tomará, formalmente, ciência da conduta irregular do filho e da necessidade de intervir, para que a mesma não se repita.<br />O uso do aparelho celular durante as aulas configura-se um ato de indisciplina, que precisa ser devidamente coibido pela direção escolar. Para que isso ocorra, deve a direção da unidade escolar: I – adotar medidas que visem à conscientização dos alunos sobre a interferência do telefone celular nas práticas educativas, prejudicando seu aprendizado e sua socialização; II – disciplinar o uso do telefone celular fora do horário das aulas; III – garantir que os alunos tenham conhecimento da proibição (art. 2º do Decreto Estadual n. 52.625/08). Assim, antes de se tomarem medidas administrativas previstas no regimento escolar, os alunos têm que ter ciência da proibição da utilização do celular durante as aulas e a clareza de que o seu uso prejudica o desenvolvimento das atividades propostas, interferindo, negativamente, no direito à educação, que é garantido a todos.<br />Por sua vez, os pais, que são co-responsáveis pela efetividade do direito à educação (Constituição Federal, art. 205) e que fornecem o celular aos filhos, devem orientá-los da forma mais adequada de utilizá-los, contribuindo para a sua educação. Neste sentido, além das instruções básicas de como utilizar a tecnologia embutida no aparelho (fotos, redes sociais, mensagens etc.), têm que ser orientados sobre as regras fundamentais e essenciais de convivência de como, onde e quando pode utilizá-lo, no caso, o ambiente escolar. A omissão dos pais autoriza a escola, via professora, a tomar a atitude necessária para banir o uso do aparelho durante as aulas. E, em última hipótese, a conduta dos pais pode configurar uma infração administrativa prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 249), referente ao descumprimento dos deveres decorrentes do poder familiar.<br />Verifica-se, de todo o contexto, que esta questão se relaciona com a necessidade imperiosa de os pais estabelecerem limites aos filhos. Com efeito, se assim não procederem, outros agentes serão chamados a desempenhar esta função, no caso, a professora, que nada mais fez que impor um limite ao uso indevido do celular. E agora, como decorrência do ocorrido (ato infracional), o Poder Judiciário e o Ministério Público irão intervir, impondo outros limites, que se materializarão nas medidas socioeducativas.<br />O celular chegou a todas as classes sociais e faz parte da vida de crianças e adolescentes. É preciso enfrentar os problemas decorrentes de seu uso e isso requer o comprometimento dos pais, da escola e de todo o sistema de proteção dos direitos da criança e do adolescente, para evitar situações como à noticiada.<br />[1] Promotor de Justiça, Coordenador da área de Educação do Centro de Apoio Cível do Ministério Público do Estado de São Paulo. Mestre em educação. Autor do livro: O Estatuto da Criança e do Adolescente e o professor (Cortez, 2010). Membro do Conselho Consultivo da Fundação Abrinq<br />Fonte: http://www.educacao.sp.gov.br/noticias/o-celular-e-o-professor (acesso em 10/10/2011)Douglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-79560723644578235352011-03-30T11:19:00.000-07:002011-03-30T11:34:04.451-07:00Conselho de Escola: um dos caminhos para a qualidade - por Douglas Fersan<a href="http://escoladegestores.mec.gov.br/site/6-sala_topicos_especiais_conselhos_escolares/imagens/conselho.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 360px; height: 254px;" src="http://escoladegestores.mec.gov.br/site/6-sala_topicos_especiais_conselhos_escolares/imagens/conselho.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />Certa vez li uma reportagem que apresentava dados sobre o desempenho dos alunos das escolas da Coréia e o autor do texto enfatizava algo interessante: ele relatava que as mães e avós ficavam nas janelas das salas de aula, do lado de fora, observando os filhos e netos enquanto esses desenvolviam suas atividades. O jornalista fazia uma associação entre o bom desempenho desses alunos e a participação ativa da família na vida escolar dos mesmos. Obviamente essa é uma situação extrema, típica de uma cultura peculiar e que não convém importar para a nossa realidade, no entanto, a relação entre a participação direta da família e da comunidade e o sucesso escolar é fato indiscutível.<br /> E vale lembrar que aqui se fala em sucesso escolar e não apenas em boas notas. Essas são resultado direto do sucesso do trabalho desenvolvido pela escola, envolvendo toda a comunidade. As boas notas apenas refletem o sucesso de um processo mais amplo e complexo do que o simples acerto: um processo que envolve a construção de cidadãos plenos e conscientes de seu papel no mundo social, político e profissional. Essa construção é um processo árduo e difícil, que a escola sozinha não consegue garantir sem uma gestão democrática, sem a participação direta em todos os envolvidos e interessados no sucesso do resultado final. Pais, alunos, professores e gestores devem tomar para si essa responsabilidade.<br /> Só é possível entender um microcosmo (nesse caso o aluno) se conhecermos o seu macrocosmo (a sociedade em que vive). E só é possível transformar o microcosmo quando envolvemos o macrocosmo no processo de transformação. O Conselho de Escola é um importante instrumento para o sucesso dos objetivos da escola, mas é preciso, antes de qualquer coisa, garantir que o Conselho seja eficaz e realmente participativo. Não basta existir um Conselho meramente para cumprir trâmites burocráticos, como também sua atuação não deve ser restrita a deliberações sobre assuntos triviais ou administrativos apenas, mas um Conselho que seja realmente atuante, crítico e participativo. A participação do Conselho deve acontecer em todos os níveis: elaboração e aprovação da Proposta Pedagógica, acompanhamento dos problemas escolares, participação nas decisões e busca de soluções e assimilação da consciência cidadã, de que a família presente é um investimento no crescimento ético, moral, pedagógico e profissional dos filhos. No entanto essa não é uma tradição nas nossas escolas, o que nos leva a crer que nosso empenho enquanto educadores e/ou gestores deve ser constante e insistente, mas certamente trará bons frutos, que por sua vez servirão de incentivo para que outros pais venham a participar.<br /> Construir uma escola democrática não é apenas seguir uma orientação dos órgãos superiores da educação. É acreditar no potencial de sua clientela e envolvê-la no processo pedagógico, dividindo a responsabilidade da superação de obstáculos e repartindo os louros da vitória de um sistema educacional realmente eficaz.<br /><br />Douglas Fersan - Sociólogo e educador - Março de 2011Douglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-15369358546937892932011-03-01T11:11:00.000-08:002011-03-01T11:21:23.013-08:00Deputado Carlos Gianazzi pede providências contra o DPME e os maus tratos concedidos ao funcionalismo público<a href="http://www.maisacao.net/blog/wp-content/uploads/2007/11/carlos-giannazi_blog.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 243px;" src="http://www.maisacao.net/blog/wp-content/uploads/2007/11/carlos-giannazi_blog.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><br /> <br /> Novas denúncias de preconceito se somam às já existentes <br /> e parlamentar exige novamente explicações <br /> professor e deputado Carlos Giannazi encaminhou, no dia 03 de fevereiro, pedidos de convocação do secretário de Gestão Pública e do diretor do Departamento de Perícias Médicas do Estado (DPME) às comissões de Educação e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. O objetivo deste requerimento é que ambos esclareçam e respondam as novas denúncias de que candidatas ao cargo de professor da rede estadual, apesar de aptidão comprovada, foram vetadas ao trabalho por serem obesas. <br />A imprensa noticiou esse fato e entrevistou as docentes, que apresentaram farto material documentado no qual exames clínicos não apontavam problemas no exercício das funções, no entanto foram consideradas inaptas e não tiveram acesso aos laudos do DPME, diz a reportagem. Ainda segundo a matéria jornalística, a OAB-SP afirma que, se a dispensa aconteceu por conta da obesidade, trata-se de discriminação e de ato inconstitucional.<br /><br />“Mais uma vez o DPME é pivô de uma atitude preconceituosa que se soma à outras tantas que vimos denunciando há anos ao Ministério Público Estadual e pedindo investigações, como assédio moral em cima dos servidores públicos, perda de laudos, demora na publicação de resultados, maus tratos com o funcionalismo, entre outros graves problemas. Por tudo isso é urgente que o governo venha à Alesp responder à essas questões e, de fato, resolver os históricos problemas do DPME”, argumenta Giannazi. <br /><br />O parlamentar apresentou um projeto de lei (PL 338/10) que propõe normas administrativas para humanizar o atendimento no órgão e colhe assinaturas de deputados a fim de instaurar a CPI do DPME.<br /> <br />Extraído do site do Deputado Carlos GiannaziDouglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-39586919612742702512011-02-02T10:25:00.000-08:002011-02-02T10:36:55.405-08:00Professoras dizem ter sido vetadas por obesidade<strong>Elas foram reprovadas em exame médico de concurso para dar aula no Estado<br /><br />Ao menos 5 disseram à Folha ter convicção de que exclusão se deve a peso; governo enfatiza que obesidade é doença </strong><br /><br /><a href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/images/c0202201101.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 285px; height: 350px;" src="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/images/c0202201101.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />TALITA BEDINELLI<br />DE SÃO PAULO <br /><br />Candidatas a um cargo de professora da rede estadual paulista afirmam que foram impedidas de assumir o trabalho por serem obesas.<br />A Folha recebeu reclamações de cinco docentes de três cidades diferentes da Grande SP, que dizem que seus exames clínicos não tinham alteração e, mesmo assim, foram consideradas "inaptas" pelo Departamento de Perícias Médicas de SP.<br />As professoras participaram do concurso que selecionou 9.304 docentes para dar aulas a partir deste ano.<br />Elas foram aprovadas em uma prova, participaram de um curso de formação e passaram em uma segunda prova. No começo deste ano, foram submetidas à perícia.<br />Na semana passada, ouviram dos diretores de escolas onde dariam aula que foram reprovadas no exame.<br />Elas afirmam que ainda não tiveram acesso ao laudo e que não foram informadas oficialmente do motivo da reprovação. Entraram com recurso e com um pedido de vistas do resultado.<br />Duas dizem que ouviram dos médicos, no dia da consulta, que provavelmente não seriam aprovadas pela perícia em razão do peso.<br />Elas têm de 90 kg a 114 kg e duas delas são obesas mórbidas, com IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 40.<br />"O endocrinologista disse que eu não passaria porque estou obesa. Mas meus exames de colesterol, diabetes, eletrocardiograma estão todos bons", afirma Lídia Canuto de Souza, 30, professora de matemática da rede há três anos, como não efetiva.<br />"Ouvi do médico que eu estava deformando meu corpo e que teria problemas de saúde no futuro. Não tinha uma alteração nos 15 exames que fiz", diz Andréia Pereira, 36, professora de artes.<br />Uma sexta professora obesa, que ainda não sabe se é considerada apta, diz ter ouvido o mesmo do médico.<br />Entre os casos ouvidos pela Folha, há o de uma professora de inglês que é concursada na rede há 12 anos. No novo concurso, buscava a possibilidade de dar aulas de português. "Nunca peguei licença por causa do peso, nunca tive problema de saúde", afirma Fátima Fernandes, 41, que diz que já era obesa.<br />A Secretaria de Gestão Pública, responsável pela perícia, não comentou caso a caso. Disse que "há casos em que a obesidade pode ser considerada doença, segundo os padrões da OMS [Organização Mundial da Saúde]".<br />A OAB-SP e advogados ouvidos pela Folha afirmam que a exclusão de um candidato por obesidade é considerada discriminação e fere a Constituição Federal.<br />Endocrinologistas afirmaram que a obesidade não é fator de inaptidão para a função de professor.<br />"Há um preconceito contra o obeso. Isso não é motivo para ele ser excluído da seleção", diz Marcio Mancine, presidente do departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.<br /><br />Matéria originalmente publicada na Folha de São Paulo, em 02/02/2011Douglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-53082780826733658842010-10-20T08:39:00.000-07:002010-10-20T08:47:42.462-07:00Tolerância e passividade - por Douglas Fersan<a href="http://2.bp.blogspot.com/__QTujVE67NI/ShrRX97CP2I/AAAAAAAAAWE/MDNyz_yMb-k/s400/passividade.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 264px;" src="http://2.bp.blogspot.com/__QTujVE67NI/ShrRX97CP2I/AAAAAAAAAWE/MDNyz_yMb-k/s400/passividade.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><br />Muita gente confunde o ato de ser tolerante com ser passivo. Ledo engano.<br />Ser passivo é assistir as coisas acontecerem e não descruzar os braços. É mostrar-se indiferente diante da dor, da injustiça, da mentira e de tantas outras mazelas éticas e morais que infectam o planeta.<br />Ser passivo deveria ser crime, pois sabe-se muito bem que a omissão é tão nociva quanto certas atitudes. Calar-se frente uma injustiça é contribuir para que ela continue acontecendo, e isso, de certa forma, tornou-se praxe na sociedade contemporânea. Diz um ditado que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”, assim, a quem acredita nessa máxima popular, resta fazer vistas grossas diante de hematomas sociais e ignorar que leis como a “Maria da Penha” tiveram que ser criadas para estancar uma ferida que sangra silenciosa, graças à passividade e à omissão.<br /><br />Ser tolerante é diferente. É reconhecer o outro, respeitando as diversidades e o direto delas existirem. Ser tolerante não é uma qualidade que deve ser ressaltada naqueles que a tem. Ser tolerante é um dever de todos, pois de todos é, ou deveria ser, o compromisso de construir um mundo mais habitável e ético.<br /><br />Respeitar a diversidade é abrir a mente para aprender coisas novas, e isso não significa abrir mão das próprias crenças e convicções, mas sim estar preparado para tornar-se um ser intelectualmente melhor, mas nem todos estão preparados para a aventura de sair de sua pequena e ridícula redoma cultural. É mais confortável recolher-se à sua concha e tal qual uma ostra, observar apenas o pequeno universo que seus míopes olhos enxergam, e despejando uma cachoeira de críticas sobre aquilo que não se compreende.<br />A tolerância deve abranger todos os níveis: social, sexual, racial, religioso, ideológico, e não apenas aqueles setores que mais convém à particularidade de cada um. Essa tolerância é hipócrita. Ser tolerante é, acima de tudo, ser sábio.<br /><br />Douglas Fersan<br />Sociólogo, historiador e educadorDouglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-23020712985318476372010-09-14T12:42:00.000-07:002010-09-14T12:43:12.303-07:00Crítica ao livro "O Caderno de David", de Daniel Caldeira - por Douglas Fersan<a href="http://1.bp.blogspot.com/_kaDu253n570/TAV0ymE3EzI/AAAAAAAAACc/NSxs4WYGhpo/s1600/Capa+Livro.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 172px; height: 259px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_kaDu253n570/TAV0ymE3EzI/AAAAAAAAACc/NSxs4WYGhpo/s1600/Capa+Livro.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><strong>Conheci o Daniel há bastante tempo, nem sei dizer exatamente quanto. Lembro quando entrei naquela sala de aula pela primeira vez e, com meu jeito meio rabugento de ser, me apresentei àquela turma de sexta série. Lembro perfeitamente do olhar meio assustado do Daniel me analisando e talvez pensando: “taí um professor chato”. <br /> Acredito que consegui mudar essa primeira impressão, pois não demorou muito para que vários alunos daquela classe deixassem de ser alunos para se tornar meus amigos, embora a diferença de idade fosse grande. Lembro de dezenas de alunos que adquiriram uma importância grande em minha vida, sendo até hoje meus amigos, mas não vou citar nenhum, pois o assunto é o Daniel Caldeira, e seria injusto se esquecesse de algum.<br /> Logo percebi que o Daniel era alguém especial. Alguém que nasceu para brilhar, pois era dono de uma personalidade inquieta e crítica: não era daqueles adolescentes que aceitam o mundo ao seu redor sem contestá-lo, como também não era do tipo que sonhava mudar o mundo por pura rebeldia. Tinha os pés no chão, além de maturidade, honestidade e caráter muito além de seu tempo e espaço. É com muito orgulho que me atrevo (e é um atrevimento mesmo) a dizer que contribuí, ainda que de forma mínima para a transformação do pequeno Daniel em um grande Daniel: homem de bem, talentoso e de bom caráter.<br /> É com mais orgulho ainda que recebi, um belo dia, em minha casa, a visita do Daniel, já homem feito, com seu notebook embaixo do braço, dizendo-se empolgado com uma nova idéia. <br /> O domínio da palavra escrita – a ponto de emocionar seus professores – sempre foi um talento do Daniel, mas dessa vez ele tinha um projeto mais ousado, mais abusado até, arrisco dizer. Foi com empolgação que ele mostrou a mim e minha esposa Denise as primeiras páginas de um livro que estava começando a escrever, intitulado “O caderno de David”. Não era um livro qualquer, era um livro já destinado ao sucesso. E o sucesso foi comprovado em seu lançamento, no dia 09 de setembro de 2010, na livraria Nobel, no shopping Frei Caneca, em São Paulo.<br /> Por que tive certeza que já era um livro destinado ao sucesso?<br /> Em primeiro lugar porque era escrito pelo Daniel. Depois, porque tinha conteúdo, intenção e ação.<br /> Não se trata de um livro destinado apenas ao público GLS, embora esse seja o tema central. Trata-se de um convite à reflexão sobre temas como a descoberta interior, a luta pelo reconhecimento da dignidade, os preconceitos, os pré-conceitos, a homofobia e a busca pela felicidade – nem sempre conquistada. É um importante trabalho no sentido de derrubar o estigma do homossexual como uma figura ávida por sexo o tempo todo, promíscua e esdrúxula. Quem ler o livro certamente não será mais o mesmo. A viseira do preconceito dará lugar à reavaliação de conceitos.<br /> A leitura leve, porém consistente e prazerosa, cativa o leitor da primeira à última página e tem o poder de abrir a mente e aprimorar o espírito, embora, com certeza não seja essa a pretensão de Daniel, que tem entre suas tantas qualidades, a humildade.<br /> Raramente indico livros em meus blogs ou matérias publicadas por aí afora, mas acredito que obras como “O Caderno de David” merecem todo o crédito, pois não se trata de simples entretenimento, é um livro que veio para abalar estruturas truculentas e transformar corações. Segue abaixo uma pequena resenha do livro e o link do blog de seu autor, o qual, embora já seja um Mestre, ainda faço questão de chamar de “aluno”, pois essa palavra, oriunda do latim, significa “filho adotivo” ou “aquele que fazemos crescer” (e não “sem luz”, como muitos dizem por aí).</strong><br /><br /> <br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_B_zO2rrdb-w/TI0tmo8emtI/AAAAAAAAAAM/6GXykq0M-wU/s320/Lucius+e+Daniel+Paraty+004.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_B_zO2rrdb-w/TI0tmo8emtI/AAAAAAAAAAM/6GXykq0M-wU/s320/Lucius+e+Daniel+Paraty+004.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /> O Caderno de David<br /><br />Aos 23 anos David morre vítima de um câncer. Deixa aos cuidados da mãe um caderno, com o intuito de ajudar o companheiro a aceitar sua sexualidade. Nele, há pensamentos que discorrem assuntos como homossexualismo, família, religiosidade e amor ao próximo. Léo, ao perder o companheiro, sente-se frágil. É descoberto pela família e humilhado em praça pública. Sai da cidade deixando filhos e emprego. Um ano depois, um grupo de jornalistas descobre uma poesia escrita por ele, destinada a David. Imediatamente pede para que ele retorne, enfrentando a revolta da família. Léo é desafiado a escrever sua própria história. Mas para isso será preciso enfrentar seus próprios preconceitos.<br /><br />“...tenho um coração colorido...<br />Que me perdoem os que vivem no mundo preto e branco...”<br />Daniel Caldeira<br /><br /><br />Link para o blog do autor: http://ocadernodedavid.blogspot.com/Douglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-21527599020191295442010-05-19T14:59:00.000-07:002010-05-19T15:02:01.038-07:00A escola da impunidade - por Douglas Fersan<a href="http://2.bp.blogspot.com/__pQxbde5vHw/SuozTVtMozI/AAAAAAAAAiU/vEIOnlQZg-s/s1600/charge_uniforme_escola.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 334px;" src="http://2.bp.blogspot.com/__pQxbde5vHw/SuozTVtMozI/AAAAAAAAAiU/vEIOnlQZg-s/s1600/charge_uniforme_escola.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><strong>Perdeu-se no tempo quem acredita na existência de uma escola destinada a ensinar somente conceitos científicos e normas gramaticais. Não existe mais aquele espaço, tanto físico quanto intelectual, onde os jovens, sentados em suas desconfortáveis carteiras, ouviam atentamente um mestre despejando seu conhecimento para que depois o reproduzissem de forma escrita ou oral. Essa escola não existe mais e, embora os saudosistas vivam lamentando o seu desaparecimento na poeira do tempo, ela é coisa do passado, gostem ou não.<br /> A escola de hoje tem outra missão: a de construir o conhecimento – e aqui não me refiro apenas à teoria construtivista, mas ao sentido mais amplo que o verbo construir pode assumir – e formar cidadãos completos.<br /> A dinâmica social do final do século XX e início do XXI é outra. A mulher não é mais o ser passivo, que ficava em casa à espera do marido e cuidando apenas dos afazeres domésticos e da educação dos filhos. A nova face da sociedade exige da mulher um papel economicamente ativo, o que a obriga a ficar menos tempo com os filhos. E esse pensamento não diz respeito apenas à mulher, mas à família como um todo. A participação da família no processo de socialização do indivíduo é menor hoje do que há décadas atrás.<br /> A tarefa de transmitir valores foi transferida para a escola – outro importante agente de socialização, porém com novas características. Assim, não existe mais o professor, o transmissor de informações. Hoje existe o educador, e o profissional da educação que não aceita essa situação perdeu o trem da história. Educar não é apenas compartilhar conhecimentos. Educar é trabalhar arduamente na formação ética, moral e intelectual do educando, transformando-o de indivíduo em cidadão.<br /> É certo que a maioria dos educadores estão cientes da amplitude de sua tarefa, mas até que ponto existem condições legais para o sucesso dessa empreitada?<br /> Sem cair no velho discurso da inversão ou ausência de valores imposta pela sociedade e pela mídia, sabemos que nossas mãos estão atadas quando a tarefa é estabelecer limites – os limites do bom senso, do respeito ao próximo e da civilidade. Não se trata também do velho discurso que enfatiza as punições como forma de doutrinar a criança e o jovem; mais uma vez é importante lembrar que as coisas mudaram e que já não se acredita na eficiência de tais métodos, porém é preocupante o que se vê nas escolas.<br /> É o grande dilema em que se encontram os educadores, vítimas de um sistema que prega a impunidade. Nem mesmo um sistema de “meritocracia” é possível aplicar, já que o sistema de progressão continuada foi deturpado até se transformar em promoção automática, em detrimento da qualidade de ensino. As crianças e adolescentes, competitivos por natureza, não encontram estímulo nem mesmo para obter boas notas.<br /> Por outro lado encontramos docentes e gestores completamente perdidos diante de problemas graves que assolam as escolas, como a violência, a ausência de limites e o bullying. Não adianta querer maquiar a situação e dizer que tudo vai bem nas escolas e que essas situações são naturais. <br />Não são. É estado de patologia total, e o que fazer para contar essa onda nociva que contamina os jovens, se as ações esbarram em legislações que não educam, mas corrompem e transformam a escola numa instituição que não informa nem forma, mas deforma?<br />Documentos como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e similares são necessários, mas não podemos deixar que essa necessidade crie jovens isentos do senso de responsabilidade sobre os próprios atos. Há quem diga que nos próprios documentos existem instrumentos sócio-educativos para corrigir falhas e abusos, mas não vivemos no país das maravilhas e sabemos dos entraves que existem para que eles funcionem. Assim, educadores e gestores se tornaram reféns dessas legislações, e os jovens, que deveriam absorver valores e responsabilidades, passam a conviver e a crer na impunidade que impera nas instituições de ensino e, pior ainda, externam esse sentimento para além de seus muros, crendo piamente que nunca nada lhes acontecerá. É quando encontram a dura realidade das ruas, que apesar de tão presente nas escolas, não foi ensinada por elas.<br />Já passou do momento de refletir e discutir sobre tais questões, não porque se acredita numa política de punições, e sim porque a sociedade espera que a escola forme cidadãos honestos e cientes de seus deveres perante o outro. A civilidade e a responsabilidade civil deveriam ser incluídas nos currículos escolares, como fator de formação de um país digno de se viver.<br />A escola deve ser o local onde aprendemos e ensinamos a responsabilidade, e não a impunidade.<br /><br />Douglas Fersan - Sociólogo e Educador.<br />19/05/2010. </strong>Douglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-59979603024557803652010-02-01T17:55:00.000-08:002010-02-01T17:56:39.710-08:00Resumo dos autores para estudos pedagógicos 3: César Coll: O Construtivismo na Sala de Aula<a href="https://ssl-relativa.locaweb.com.br/livrosdeprogramaca/images/8508061978.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 130px; height: 196px;" src="https://ssl-relativa.locaweb.com.br/livrosdeprogramaca/images/8508061978.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><strong></strong>O autor apresenta, nessa obra, os argumentos de uma criança aprovada na primeira série, aparentemente sem condições para isso, já que a mesma revelou dificuldades consideráveis ao longo do processo de alfabetização. A argumentação é um claro exemplo de construtivismo, passando por conceitos de Jean Piaget e de outros autores. Assim nos é dada uma ilustração para compreender como se dá o aprendizado sob a ótica construtivista.<br /> A expressão “aprender é construir” sintetiza o pensamento de César Coll. A aprendizagem não deve ser entendida apenas como “absorção” de informação para reproduzi-las depois. A aprendizagem contribui para o desenvolvimento na medida em que aprender não é copiar ou reproduzir a realidade. Dentro da concepção construtivista, quando somos capazes de elaborar uma representação pessoal sobre um objeto da realidade ou conteúdo, é que realmente aprendemos.<br /> Um aluno, ao ser questionado sobre como conseguira se aprovado, dando uma definição bem abrangente, que envolve desde a elaboração do processo até como conseguiu chegar ao final, dentro de sua sabedoria ingênua e simples, respondeu:<br /> “É assim, Ó, eu fui fazendo, fazendo,<br /> Eu fui tentando e aí eu consegui. (…)<br /> Tem que ir ajeitando na minha cabeça,<br /> Misturando com as outras coisas.”<br /> É possível notar que essa criança conseguiu sintetizar com mestria, apesar da ingenuidade própria de sua faixa etária, o raciocínio que deve nortear a prática construtivista. Obviamente essa criança não utilizou um discurso lingüístico com diversidades de palavras que até pudessem fazer parte do seu vocabulário no cotidiano, mas, numa frase curta, ela englobou, de certo modo, toda uma visão de concepção que temos dificuldades para compreender e colocar em prática.<br /><br />Douglas Fersan – Fevereiro de 2010Douglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-40623795639399651752010-01-27T18:32:00.000-08:002010-01-27T18:33:44.327-08:00Resumo dos autores para estudos pedagógicos 2: Hugo Assmann – Metáforas novas para reencantar a Educação – Epistemologia e Didática<a href="http://www.livrariamelhoramentos.com.br/produtos/8532620248_g.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 150px; height: 213px;" src="http://www.livrariamelhoramentos.com.br/produtos/8532620248_g.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><br />Hugo Assmann é um teólogo católico, pioneiro da Teologia da Libertação no Brasil. Durante a ditadura militar se refugiou no Uruguai e mais tarde no Chile, de onde também que sair, após o golpe que derrubou o governo de Salvador Allende e implantou a ditadura do general Augusto Pinochet. Retornando ao Brasil, na década de 1980, foi professor titular de Filosofia da Educação e Comunicação na Universidade Metodista de Piracicaba.<br /> Sua trajetória de vida ajuda a compreender sua obra, fortemente calcada no ecumenismo e pela interdisciplinaridade, versando sobre economia, ciências sociais, comunicação e pedagogia.<br /><br /> REENCANTAR é a palavra-chave para compreender a obra de Assmann, que ciente do cenário crítico em que se encontra a Educação brasileira (no que se refere a metodologias, técnicas e experiências criativas), propõe uma persistência nos processos de aprendizagem que enfatizem e despertem novidades estimulantes e fascinantes e motivações positivas (esse seria o ato de reencantar a Educação, estimulando e motivando o aluno).<br /> Os constantes entraves ao longo do processo educativo produzem um sentimento negativo, criando aquilo que o autor qualifica como “apartheid neuronal”. O resultado disso é a inexistência de uma “ecologia cognitiva”: com o conhecimento e o aprender interagindo como ações inerentes desse movimento, o sistema (mercado) que promove as tendências de inclusão/exclusão deve dar lugar a uma relação onde homens e máquinas são partes integrantes desse processo, em prol do bem comum.<br /><br /> No processo educativo não deve haver lugar para a insensibilidade. O educador deve abrir caminho para “a explosão dos espaços de conhecimento, onde a Educação sai do mero discurso e promove a revitalização do tecido social e do conhecimento, com todos os valores a si inerentes.” A Educação carece de uma visão antropológica séria, a fim de propiciar uma lucidez política, ética e solidária, produzindo consensos políticos educacionais. É preciso ser criativo e se revestir de ternura, ciente de um compromisso de felicidade individual e coletiva. Nota-se aí, no pensamento do autor, uma visão de alteridade.<br /><br /> O seguinte trecho resume, de maneira bastante clara, a linha de raciocínio de Hugo Assmann: “Como o prazer e a ternura na educação passa pela experiência sensorial do corpo, a morfogênese do conhecimento tem que ser dinâmica, prazerosa e curativa, com uma pluri-sensualidade que passe pelo cérebro, pelas emoções, e se expresse no corpo. Assim, o monopólio da educação visual-auditiva dará lugar a uma educação instrutiva e criativa, cheia de encantamentos e acessível, comprometida com o social e centrada no prazer de aprender e ensinar, e onde a educação se reveste novamente de encantos”.<br /> <br /><br />Douglas Fersan<br />Janeiro/2010Douglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-70741492402906085742010-01-20T16:51:00.000-08:002010-01-20T16:55:07.265-08:00Resumo dos autores para estudos pedagógicos 1: Marta Kohl de Oliveira - Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento; um processo sócio-histórico.<a href="http://www.scipione.com.br/letramento/titulos_sugeridos/36.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 180px; height: 255px;" src="http://www.scipione.com.br/letramento/titulos_sugeridos/36.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />A autora apresenta nessa obra uma síntese das teorias de <strong>Vygotsky</strong> de forma bastante clara e objetiva. O principal foco de seu estudo é importância dada à cultura e a Linguagem na constituição do ser humano (nota-se aí a principal característica vygotskyana: a influência do meio social sobre a formação do indivíduo, nesse caso, através da linguagem). No entanto, as relações entre desenvolvimento e aprendizado, pensamento e linguagem e aspectos biológicos e culturais do funcionamento psicológico não são deixados de lado.<br /><br /> Para Vygotsky o aprendizado é resultado de um processo, ou seja, não nasce pronto ou previsto dentro do indivíduo, ele vai sendo construído através do processo de interação social (daí a importância da relação entre as pessoas, como parte da construção desse processo). Vygotsky viveu em meio às transformações sociais que abalaram a Rússia no início do século XX, o que marcou profundamente o seu pensamento e norteou suas teorias acerca da aprendizagem (conhecer o contexto histórico no qual Vygostsky viveu ajuda a lembrar a linha que norteia seu pensamento – forte influência do meio social sobre o processo de aprendizagem).<br /><br /> Marta Kohl Oliveira afirma que para Vygotsky as <strong>diferentes culturas produzem modos diversos de funcionamento psicológico </strong>(mais uma vez é possível perceber a importância do meio social sobre a formação intelectual do indivíduo). A influência do meio é tão grande, que diferentes culturas produzem diferentes formas de desenvolvimento.<br /><br /> Não é possível falar de Vygotsky sem falar de <strong>Zona de Desenvolvimento Proximal.</strong> Esse conceito, elaborado por Vygotsky define a distância entre a <strong>Zona de Desenvolvimento Real </strong>(a capacidade que o indivíduo tem de resolver questões com autonomia) e a <strong>Zona de Desenvolvimento Potencial</strong> (capacidade que a criança possui de resolver questões com a ajuda de um adulto ou companheiro mais avançado). Identificar esse momento (ZDP) é a tarefa do educador, que saberá então quando avançar ou estacionar seu trabalho, respeitando o momento do educando. Conhecer esse momento da criança é ajudá-la a superar as dificuldades, recuperando possíveis defasagens e auxiliando a a atingir suas áreas potenciais.<br /><br /><strong>Douglas Fersan.</strong>Douglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-68577168294940629962010-01-10T18:12:00.000-08:002010-01-10T18:28:33.315-08:00Perfil desejado para o professor de História<a href="http://3.bp.blogspot.com/_3CQpqCFK9hc/S0qMvOBumUI/AAAAAAAAAJY/J01svjvQn1M/s1600-h/darwin-mic1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 202px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_3CQpqCFK9hc/S0qMvOBumUI/AAAAAAAAAJY/J01svjvQn1M/s320/darwin-mic1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5425303443968268610" /></a><br /><br /><br /><br />Ainda com o objetivo de auxiliar os educadores que irão prestar o concurso público para PEBII no estado de São Paulo, o blog Pensamento em Debate disponibiliza o perfil desejado para o professor de História e a bibliografia para as provas.<br /><br />As indicações a seguir apresentam o perfil do profissional da Educação que se vislumbra para ensinar História nas escolas da rede pública de São Paulo. Quais os aspectos de sua formação a serem valorizados para identificar sua capacidade de ensinar História nos níveis Fundamental e Médio? Quais os conteúdos, inclusive teóricos, sobre os quais os professores devem mostrar conhecimento e familiaridade e que deverão ser aplicados – a partir de sua adequação - nas aulas da Educação Básica? <br />A partir dessas preocupações e reconhecendo - sem quaisquer compromissos com formas preconceituosas de hierarquização - as especificidades de cada nível de ensino, com suas características e objetivos próprios, sua elaboração foi assentada na estrutura curricular que orienta os cursos de graduação em História, especialmente aqueles oferecidos pelas Universidades públicas, haja vista o fato de que eles servem de modelo à maioria das instituições privadas. Com isto, pretende-se respeitar a formação dos professores, sem ampliar ou reduzir expectativas que possam comprometer os padrões de qualidade que deve ter a escola pública. <br /><strong><br />Habilidades do professor de História:</strong><br />O professor está apto a: <br />1. Destacar características essenciais das relações de trabalho ao longo da história, reconhecendo a importância do trabalho humano na edificação dos contextos histórico-sociais e as características de suas diferentes formas na divisão temporal formal: pré-história, antiguidade, Idade Média, modernidade e contemporaneidade; <br />2. Identificar materiais que permitam observar as principais características das civilizações antigas quanto à organização da vida material e cultural, relevando questões centrais como o surgimento do Estado e as formas de sociedade e de religiosidade. <br />3. Demonstrar a importância de estudos sobre a história da África, identificando características essenciais do continente <br />4. Analisar as relações entre os processos da Revolução Industrial Inglesa e da Revolução Francesa e seu impacto sobre os empreendimentos coloniais europeus na América, África e Ásia. <br />5. Diferenciar singularidades do socialismo, do comunismo, do anarquismo e seus desdobramentos nos Estados nacionais liberais. <br />6. Conceber o processo histórico como ação coletiva de diferentes sujeitos reconhecendo os movimentos sociais rurais e urbanos como formas de resistência política, econômica e cultural ao ideário capitalista em suas várias fases. <br />7. Reconhecer as formas atuais das sociedades como resultado das lutas pelo poder entre as nações, compreendendo que a formação das instituições sociais é resultado de interações e conflitos de caráter econômico, político e cultural. <br />8. Reconhecer e analisar os acontecimentos desencadeadores das guerras mundiais, identificando as razões do desenvolvimento da supremacia dos Estados Unidos da América e do declínio da hegemonia européia. <br />9. Comparar as características dos regimes autocráticos europeus e as principais influências nazi-fascistas nos movimentos políticos brasileiros da década de 1930. <br />10. Identificar acontecimentos formadores do processo político na década de 1930 no Brasil em relação ao enfrentamento da crise de 1929 e suas consequências sobre os movimentos de trabalhadores da época. 18. Demonstrar as principais características do populismo no Brasil, especialmente as propostas que orientaram a política desenvolvimentista e o Golpe Militar de 1964. <br />11. Estabelecer comparações no contexto da Guerra Fria entre a situação política latino-americana e o Brasil e caracterizar os governos militares instalados no Brasil e, em países como o Chile e a Argentina, pela supressão das liberdades e pelos mecanismos utilizados pela repressão à oposição. <br />12. Identificar os principais movimentos de resistência aos governos militares na América Latina e o papel das Organizações Internacionais de Direitos Humanos. <br /><br /><strong>Bibliografia para História </strong><br />1. BITENCOURT, Circe Maria F. (org.). O saber histórico na sala de aula. 2 ed. São Paulo, Contexto, 1998. <br />2. BITENCOURT, Circe Maria F.. Ensino de História – fundamentos e métodos. 1ª Ed., São Paulo, Cortez, 2005. <br />3. BLOCH, Marc. Apologia da História - ou ofício do historiador. 1ª Ed., Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2002. <br />4. BURKE, Peter. O que é História Cultural? 1ª Ed., Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2005. <br />5. FAUSTO, Boris. História do Brasil. 13ª Ed. São Paulo: EDUSP, 2008 <br />6. FERRO, Marc. A manipulação da história no ensino e nos meios de comunicação. A história dos dominados em todo o mundo. São Paulo: Ibasa, 1983. <br />7. FONSECA, Selva G . Didática e Prática de Ensino de História. Campinas, SP, Papirus, 2005. <br />8. FONSECA, Selva G. Caminhos da História Ensinada. Campinas, SP, Papirus, 2009 <br />9. FUNARI, Pedro Paulo e SILVA, Glaydson José da. Teoria da História. São Paulo: Editora Brasiliense, 2008. <br />10. HERNANDEZ, Leila Leite. África na sala de aula – visita à história contemporânea. 2ª Ed., São Paulo, Selo Negro, 2008. <br />11. HEYWOOD, Linda M. (Org.). Diáspora negra no Brasil. São Paulo, Contexto, 2008. <br />12. KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo, Contexto, 2003. <br />13. LE GOFF, Jacques. História e Memória. 1ª Ed., Campinas, UNICAMP, 2003. (Capítulos indicados: “Memória”; “Documento/monumento”; “História”; “Passado/presente”). <br />14. PINSKY, Carla Bassanezi (org.). Novos temas nas aulas de história. São Paulo: Contexto, 2009. <br />15. SOUZA, Marina de Melo. África e o Brasil Africano. 2ª Ed., São Paulo, Ática, 2007<br /><br />Boa sorte a todos os amigos.<br />Por uma Educação de qualidade no estado de São Paulo.<br />Sem falsos educadores, sem demagogia e pela construção de uma escola ética e cidadã.<br /><br />Douglas Fersan.Douglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-24443835167700168352010-01-04T14:04:00.000-08:002010-01-10T12:05:28.003-08:00Construtivismo - Tema para estudo<a href="http://img4.orkut.com/images/mittel/96/2249496.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 128px; height: 88px;" src="http://img4.orkut.com/images/mittel/96/2249496.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />Com o objetivo de oferecer ao educador material para reflexões a fim de contribuir para a sua formação continuada e com a finalidade de auxiliar os professores que participarão de processos seletivos em 2010, o blog Pensamento em Debate disponibilizará textos que poderão contribuir com os seus estudos. O primeiro texto é um resumo sobre construtivismo, mas em breve teremos outros temas para estudo.<br /><br />A proposta do governo é baseada dentro da teoria construtivista. Sabendo sobre, haverá uma facilidade quanto a responder às questões, já que a maioria dos autores cobrados abordam o tema, porém cada um em uma área diferente. Percorrendo por alguns fóruns recolhi informações que me ajudaram a compreender melhor. Espero que possa contrituir de alguma forma.<br /><br /><br />A intenção do governo é que trabalhemos com a construção do conhecimento. A avaliação dos alunos deve ser contínua a fim de nortear as tomadas de decisão, as regulações necessárias e os ajustes.<br />Prevalecem questões de "como dar aula" - segundo obviamente a teoria construtivista.<br />Todos os autores falam a mesma coisa, baseiam-se na mesma teoria e cada um a aplica em um ramo da pedagogia: Lerner (dentro da sala de aula), Perrenoud (dentro da escola), Zabala (dentro do conteúdo da aula), Paulo Freire (dentro da formação do professor) e assim por diante. <br /><br />A teoria construtivista está fundamentada nos seguintes teóricos: Vigotski (a formação da criança vem de fora para dentro - influência da sociedade sobre o desenvolvimento) e Piaget (a formação da criança é de dentro para fora) - influência do psicológico no desenvolvimento. Vale lembrar que Vigotski viveu sob os acontecimentos que influenciaram a Revolução Russa de 1917, dando ênfase, portanto à influência do meio social sobre o indivíduo, enquanto Piaget era biólogo. Assim fica mais fácil entender os diferentes olhares dos dois sobre a construção do conhecimento (apesar de falar em diferentes olhares, é bom lembrar que eles se complementam).<br />No construtivismo o professor não indica livros, instrumentos, métodos ou caminhos aos alunos, mas deixa que eles mesmos escolham. A iniciativa deve ser tanto da escola quanto do aluno. Os alunos com déficit de aprendizagem são respeitados, pois suas produções são feitas de acordo com a sua capacidade própria, não são impostas por alguém.<br />O professor não ensina, porém o aluno aprende e devido ao fato do professor não ensinar, o aluno não se frustra, pois a capacidade de aprender está dentro dele. O professor media a realização da tarefa do aluno forçando a realizá-la sozinho.<br />Flexibilidade - Adaptação - necessidade dos alunos - contar com o conhecimento do aluno - o aluno deve encontrar sentido no que está fazendo - ambiente de respeito e confiança - autoestima – autoconceito são palavras chaves do construtivismo. <br /><br />"Construtivismo significa isto: a idéia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento.” <br />"Entendemos que construtivismo na Educação poderá ser a forma teórica ampla que reúna as várias tendências atuais do pensamento educacional. Tendências que têm em comum a insatisfação com um sistema educacional que teima (ideologia) em continuar essa forma particular de transmissão que é a Escola, que consiste em fazer repetir, recitar, aprender, ensinar o que já está pronto, em vez de fazer agir, operar, criar, construir a partir da realidade vivida por alunos e professores, isto é, pela sociedade – a próxima e, aos poucos, as distantes. A Educação deve ser um processo de construção de conhecimento ao qual ocorrem, em condição de complementaridade, por um lado, os alunos e professores e, por outro, os problemas sociais atuais e o conhecimento já construído (‘acervo cultural da Humanidade’)."<br />"Construtivismo, segundo pensamos, é esta forma de conceber o conhecimento: sua gênese e seu desenvolvimento – e, por conseqüência, um novo modo de ver o universo, a vida e o mundo das relações sociais."Douglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-57702048315662608892009-12-27T16:52:00.000-08:002009-12-27T16:55:33.580-08:00O Educador é vítima de sua própria escolha<a href="http://2.bp.blogspot.com/_3CQpqCFK9hc/SzgBxNNnDXI/AAAAAAAAAJA/8BZc0mHpMAQ/s1600-h/professor.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 270px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_3CQpqCFK9hc/SzgBxNNnDXI/AAAAAAAAAJA/8BZc0mHpMAQ/s400/professor.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5420084096412355954" /></a><br /><br /><strong></strong><br /><br /> Tornou-se espécie de lugar comum afirmar que educar exige vocação e é um sacerdócio ou um ato de amor. Provavelmente a afirmação é verdadeira, porém, nos tempos atuais, a questão tornou-se mais profunda.<br /> Não há dúvidas de que o bom educador cumpre a sua tarefa com amor e, justamente por isso, assemelha-se a um sacerdócio. Mas isso basta para a construção de um povo consciente de sua identidade, direitos, deveres, carências e possibilidades? Até onde o educador, com toda a fé que deposita no ato de seu exercício profissional, consegue chegar? Quantas mentes e corações consegue atingir? Quantas almas consegue salvar das trevas profundas do desconhecimento?<br /> Ao buscar respostas para essas questões, o educador corre o risco de deparar-se diante de uma considerável frustração, pois percebe que a tarefa de educar é mais complexa que parece e não se limita a inserir normas gramaticais, datas históricas, fórmulas matemáticas ou conceitos cartográficos nas mentes espalhadas pela desordem de uma sala de aula. Educar significa transformar pedras brutas em diamantes, e ao tomar consciência dessa dura tarefa, o profissional da Educação percebe que a vocação, o amor e o sacerdócio não bastam. Ele precisa também de coragem e persistência, pois é como um guerreiro solitário lutando contra um exército de dificuldades.<br /> Também tornou-se lugar comum afirmar que um país só atinge o desenvolvimento se passar pela valorização da Educação, no entanto essa é uma lição que parece ser esquecida pelos donos e manipuladores do poder, que preferem maquiar situações no lugar de investir em ações concretas. A peça principal no processo de educar, no entanto, fica relegada a um plano secundário: o educador.<br /> Hoje o educador não é mais apenas aquele que transmite conhecimentos (felizmente, pois esse modelo de Educação, além de autoritário, favorecia a poucos privilegiados e suas ideologias); ele desempenha outros tantos papéis: é um intermediário, um mediador, psicólogo improvisado e desempenha o papel de pai ou mãe de seus alunos, pois até mesmo a tarefa da educação familiar lhe foi imposta, como resultado da mudança das características da sociedade, hoje muito mais dinâmica e com a mulher realizando não só a função de mãe, mas também de trabalhadora formal. Não há mais professor, hoje existe o educador, no sentido mais amplo da palavra.<br /> Entretanto, esse profissional é vítima de sua própria escolha. É vítima da importante função que escolheu desempenhar na sociedade. É vítima da violência física (muito freqüente e pouco divulgada pelos meios de comunicação), é vítima de legislações frágeis, unilaterais, que o colocam na berlinda, mas raramente o protegem. É vítima das péssimas condições que lhe são dadas para atingir os objetivos de sua tarefa, mas é vítima também das duras críticas que recebe quando os resultados não são os esperados. É vítima da hipocrisia daqueles que tapam o sol com a peneira e dizem que está tudo bem, quando sabemos que o quadro é desesperador e o futuro incerto. É vítima do estresse, da depressão, da frustração, da síndrome de burnout, da auto piedade, da auto crítica, da fadiga, da tendinite, da insônia e tantos males físicos e psicológicos. É vítima da mídia, que sabe alardear apenas o transtorno que esses profissionais causam ao trânsito quando resolvem protestar por condições mais dignas de trabalho (e nesse caso, lutar por condições dignas significa contribuir para a construção de um país mais digno). <br /> O educador é uma grande vítima. E vítimas não constroem cidadãos, constroem mais vítimas. E vítimas são consumidas por um sistema mentiroso, que engana a todos, que desrespeita os direitos mais básicos do povo: a existência intelectual concreta, isenta de parafernálias e estatísticas subjetivas e mal assimiladas, por serem mal intencionadas e indigestas.<br /> O educador é peça fundamental para a construção de uma nação. Um país que não respeita o profissional da Educação não investe na construção do seu futuro. É um país, mas dificilmente será uma nação.<br /><br />Douglas Fersan - Dezembro/2009.Douglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-10765533455362903582009-10-03T13:20:00.000-07:002009-10-03T13:23:21.987-07:00Depois da tempestade - por Jairo Pereira Jr<a href="http://3.bp.blogspot.com/_3CQpqCFK9hc/SseynzFaWII/AAAAAAAAAHo/eRWJkZ2luuA/s1600-h/m%C3%A3o.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_3CQpqCFK9hc/SseynzFaWII/AAAAAAAAAHo/eRWJkZ2luuA/s400/m%C3%A3o.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5388471875969636482" /></a><br /><br />Convido você, meu irmão, que está lendo este artigo a parar e pensar num momento de grande conquista e realização.<br />Pronto!<br />Agora pense nos momentos que antecederam essa conquista?<br />Pronto novamente!<br />Se você pensar bem, quando você tem uma grande conquista, ela sempre vem precedida de um grande momento caótico.<br />Lembra-se? Que sempre antes das suas grandes conquistas o momento não estava nada bom?<br />Você achava que não conseguiria, mas no final conseguiu. Mesmo com todo o caos, com toda apreensão e com toda desconfiança de todos, no fim tudo deu certo.<br />Assim foi, assim é e assim será sempre.<br />Se o ditado diz que “depois da tempestade sempre vem a bonança”, porque não dizer que “antes da bonança sempre vem uma tempestade”.<br />Esta é nossa vida. Para conseguirmos coisas boas devemos passar por privações e provações. Para que as conquistas sejam valorizadas precisamos enfrentar os momentos caóticos. Para alcançar a calmaria do oceano precisamos ultrapassar a tormenta da arrebentação.<br />Não acredite que você é o único a passar por momentos ruins. Na realidade todos estamos sujeitos a isto. Todos temos momentos ruins. Só depende de você saber aonde este momento vai te levar.<br />Para que haja paz é preciso vencer a guerra. Só que está guerra é particular, travada por você contra você mesmo, e deve servir como propulsor para suas conquistas.<br />Então, lembre-se de outro ditado popular: “Não há mal que sempre dure e nem bem que sempre perdure”, seja forte, tenha fé e acredite que é nesses momentos de caos que crescemos espiritualmente.<br /><br />Jairo Pereira Jr. - 2009<br />Professor de Economia e MatemáticaDouglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-87660666109451513042009-07-04T06:56:00.000-07:002009-07-04T06:58:21.699-07:00Não desista! - Texto para reflexão sobre o encerramento do 1º semestre letivo<a href="http://1.bp.blogspot.com/_3CQpqCFK9hc/Sk9f3xu8JhI/AAAAAAAAAGQ/4ektT69oC9g/s1600-h/OTIMISMO.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 217px; height: 320px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_3CQpqCFK9hc/Sk9f3xu8JhI/AAAAAAAAAGQ/4ektT69oC9g/s400/OTIMISMO.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5354603893814470162" /></a><br /><br /><strong></strong>Nada mais natural que ao longo da vida encontremos dificuldades, obstáculos e pedras que se colocam em nosso caminho, dificultando a caminhada. Natural também é que um desânimo venha à tona quando surgem essas intempéries. Mais natural ainda é que esse desânimo seja multiplicado quando os problemas surgem simultaneamente e em grande intensidade. Não é natural que percamos a fé.<br /> Agarrar-se às mínimas possibilidades de superação é acreditar em si, é acreditar no próprio potencial e ter a certeza de que a pequena luz no fim do túnel pode tornar-se um grande sol. Dias melhores não virão, não cairão do céu. Eles serão construídos com o talento e o esforço de cada um que, unidos, demonstrarão a capacidade de transformação que possuem.<br /> Uma etapa está chegando ao fim e partimos para o início de uma nova. Que saibamos usar a experiência adquirida e com as pedras do caminho façamos um muro, que seja a nossa fortaleza para a continuação da caminhada.<br /> Conta uma história, que certa vez um biólogo caminhava por uma praia, dessas localizadas em regiões ermas, freqüentadas apenas pelos seus habitantes caiçaras. Em suas andanças o biólogo encontrou um morador, senhor simples, de fala mansa e humilde, atirando de volta ao mar aquelas estrelas marinhas que as ondas traziam e jogavam na areia. Indagado sobre a razão de fazer aquilo, o caiçara respondeu:<br /> _Jogando as estrelas de volta ao mar, evito que elas morram secas na areia.<br /> O biólogo sorriu e argumentou:<br /> _Mas seu tamanho esforço não faz diferença, pois o mar traz centenas dessas estrelas a cada minuto, enquanto você consegue salvar apenas algumas poucas.<br /> O caiçara sorriu, mostrou ao biólogo a estrela que estava em sua mão, e disse:<br /> _Para essa aqui faz muita diferença – e atirou-a ao mar.<br /> No dia seguinte, o biólogo estava lá, ajudando o caiçara a devolver as estrelas ao mar.<br /> Se nós educadores acreditarmos em nossa capacidade de transformar um ser humano que seja, transformaremos o mundo. <br /> Não desista. As dificuldades estão aí, são diárias e constantes, como constante é a sua capacidade de superação. Agarre-se àquilo que possui de mais valioso: o seu amor à profissão, à crença na humanidade e à certeza de dias melhores. Você é educador, o transformador social, o responsável pelo mundo melhor, no qual viverão seus filhos e netos.<br /><br />Douglas Fersan<br />PCP – Ensino Fundamental – E.E. Ayrton Senna da Silva<br />Diretoria de Ensino de São Bernardo do Campo.Douglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-16336475403694264422009-07-02T13:37:00.000-07:002009-07-02T13:43:14.367-07:00A visita da E.E. Maria Regina D. Fanani à E.E. Ayrton Senna da Silva<strong></strong>No dia 01 de julho de 2009, a E.E. Ayrton Senna da Silva teve a grande honra de receber em suas dependências a fanfarra da escola vizinha E.E. Maria Regina Demarchi Fanani. Acompanhados pela diretora, senhora Circe, a igualmente sempre simpática e eficiente coordenadora Maura e seus professores (foto 1), um grupo jovens, devidamente uniformizados, (foto 2) apresentou-se para nossos alunos, que prestigiaram esse trabalho tão bonito, fruto do esforço e dedicação da professora Renata Pelecchia, que também ensaia a fanfarra da E.E. Ayrton Senna da Silva.<br /><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_3CQpqCFK9hc/Sk0baxHx8AI/AAAAAAAAAF4/056RlZBXnHU/s1600-h/2009+122.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_3CQpqCFK9hc/Sk0baxHx8AI/AAAAAAAAAF4/056RlZBXnHU/s400/2009+122.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5353965678689906690" /></a><br /><br />Manifestações de amizade como essa devem nortear o trabalho dos educadores da região, que possuem o mesmo propósito: educar nossos jovens, proporcionando a eles o sentimento de solidariedade, amizade e construção de uma comunidade mais justa e pacífica, através do exemplo e da cidadania efetivamente aplicada, e não apenas teorizada.<br />Parabéns à diretora Circe, à coordenadora Maura, aos alunos e professores da E.E. Maria Regina Demarchi Fanani e, em especial, à professora Renata, que mais uma vez mostrou seu talento e competência.<br /><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/_3CQpqCFK9hc/Sk0bpvWLXsI/AAAAAAAAAGA/KJzR9Vle9Gs/s1600-h/2009+121.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_3CQpqCFK9hc/Sk0bpvWLXsI/AAAAAAAAAGA/KJzR9Vle9Gs/s400/2009+121.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5353965935911460546" /></a><br /><br />Façamos desse breve encontro apenas o primeiro de tantos outros. Que nossos talentos possam se unir para a construção de um futuro melhor.Douglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-41524450798334519212009-06-02T08:10:00.001-07:002009-06-02T08:14:18.306-07:00O VALOR DA DIFICULDADE - texto para reflexão<a href="http://www.lemelao.com/wp-content/uploads/2008/09/para13-300x196.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 196px;" src="http://www.lemelao.com/wp-content/uploads/2008/09/para13-300x196.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />Somos seres antagônicos, contraditórios e ao mesmo tempo flexíveis e sensíveis. Muitas vezes somos movidos por paixões, outras tantas vezes pela razão. Nada mais natural que diante de situações difíceis deixemos a emoção falar alto e dominar nossas ações, pois somos também seres em constante evolução e crescimento intelectual e moral. Aprendemos a cada dia, pois o tempo nos proporciona algo que os livros, por mais que seus autores se esforcem, não conseguem conter: a experiência. As dificuldades impostas pela vida, seja no trabalho, nas relações familiares ou em qualquer outra instância, de forma paradoxal podem servir como estímulo para que consigamos aprender a usar o outro impulso que move nossas ações: a razão. Isso não significa, em hipótese alguma, que aquele companheiro que se deixa levar pela emoção é alguém despreparado ou desequilibrado. De forma alguma. É alguém também comprometido com a situação, e que por estar tão inserido nela e tão ansioso por soluções, deixa que suas paixões falem alto. Tal atitude mostra apenas o quanto é preocupado e até apaixonado por aquilo, que sofre com a dificuldade presente.<br /> No entanto, o equilíbrio entre os sentimentos é a chave para a solução de muitos problemas. A emoção deve ser o combustível que nos estimula a prosseguir na árdua luta perante os obstáculos, e a razão deve ser a ferramenta para a solução.<br /> Nelson Rodrigues dizia, em uma de suas obras, que “o brasileiro só é solidário no câncer”. Não cabe, nesse momento, emitir juízo de valores sobre tal afirmação, o objetivo é apenas usá-la para lembrar que as dificuldades que surgem em nosso caminho podem ser muito úteis. Sim, embora pareça absurdo dizer isso, as dificuldades podem ser úteis. É no momento da tragédia, da fome, da seca, da catástrofe que a população, inclusive (ou principalmente) a mais carente dá as mãos, mobilizando seus parcos recursos para auxiliar aquele que sofre a desventura. Façamos das nossas dificuldades também uma lição, o momento de aprender o quanto somos fortes e capazes de reverter a situação. Que a nossa indignação diante dos problemas seja a lenha que alimenta a caldeira, mas que a nossa união seja a nossa força, pois superadas pequenas rusgas, também naturais ao convívio social, sabemos que juntos temos força e competência para enfrentar todas adversidades, pois não somos máquinas, somos educadores e o desafio cada vez mais faz parte de nossa profissão, que por sua vez, cada vez mais torna-se um sacerdócio. <strong>Que as dificuldades sirvam para mostrar nosso poder, nossa força e capacidade de união e superação. Não somos agentes passivos de nossa realidade, somos agentes transformadores, e que jamais percamos a fé em nós mesmos.</strong><br /><br />Douglas Fersan - PCP - Ensino Fundamental<br />E.E. Ayrton Senna da Silva<br />D.E. São Bernardo do CampoDouglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-69281579680893804942009-06-01T17:40:00.000-07:002009-06-02T18:03:08.697-07:00HTPC - O monstro chamado avaliação<strong>O MONSTRO CHAMADO AVALIAÇÃ0</strong><br /><br /><a href="http://img3.orkut.com/images/mittel/83/51883.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 128px; height: 157px;" src="http://img3.orkut.com/images/mittel/83/51883.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />A avaliação faz parte da vida – somos avaliados a todo instante. Porém, não podemos esquecer que a avaliação deve ter um sentido, caso contrário o efeito poderá ser inesperado.<br /><br />Vídeo: Another brick in the wall – part 2 <br />http://www.youtube.com/watch?v=M_bvT-DGcWw<br /><br /><a href="http://img2.orkut.com/images/mittel/1232911396/53203520/ln.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 128px; height: 96px;" src="http://img2.orkut.com/images/mittel/1232911396/53203520/ln.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />Assim é a vida: seletiva e classificatória. Segundo Darwin, as dificuldades para garantir a sobrevivência obrigam os seres a viver em constante superação. É como se a vida os avaliasse a cada segundo, selecionando os mais fortes e excluindo os mais fracos.<br /> <strong>Será que devemos ser tão implacáveis quanto a natureza, excluindo aqueles que não passam pelos nossos critérios de avaliação?</strong><br /> Ou será que devemos criar mecanismos que avaliem os nossos alunos, a fim de sanar suas dificuldades e prepará-los melhor para enfrentar as intempéries da vida? <br /> <br /> Eis algo em que devemos pensar...<br /><br /><a href="http://img2.orkut.com/images/mittel/1190347811/39411399.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 108px; height: 160px;" src="http://img2.orkut.com/images/mittel/1190347811/39411399.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />A escola é lugar de crescimento, sociabilidade, construção. Nunca de repressão e castração mental, moral e intelectual.<br /><br />Vamos recapitular algumas coisinhas?<br /> Recordar é viver e certas coisas não devem ser esquecidas na Educação.<br /><br />1. A escola deve ser inclusiva: é preciso ampliar os conceitos de inclusão; ela não vale apenas para alunos NEE’s. É preciso olhar para as possibilidades que as crianças têm de aprender, e não somente para as dificuldades. Existem formas delas aprenderem e formas de ensiná-las. Elas possuem <strong>POTENCIALIDADE.</strong><br /><br />2. A Educação Inclusiva é aquela através da qual TODOS aprendem. <br /><br />3. O conceito de inclusão não se limita apenas em freqüentar a escola. É preciso aprender.<br /><br /> <strong>Resumindo:</strong><br /><br /> <strong> O ALUNO TEM QUE APRENDER.</strong><br /><br /><a href="http://img4.orkut.com/images/mittel/1227614251/85692/ln.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 106px; height: 160px;" src="http://img4.orkut.com/images/mittel/1227614251/85692/ln.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /> Calma, querido professor...<br /> Não atire pedras, não torture e não fure os olhos do seu meigo e doce coordenador.<br /><br /><a href="http://img2.orkut.com/images/mittel/1210436180/108454.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 113px; height: 160px;" src="http://img2.orkut.com/images/mittel/1210436180/108454.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />Conhecemos e partilhamos de suas dificuldades e anseios. Sabemos bem que tira leite das pedras e faz verdadeiros milagres na tarefa de transformar pedras brutas em diamantes. No entanto, estudar as determinações e as possibilidades nunca é demais. É quando o subjetivo transcende seus limites e transforma o sonho em realidade.<br /><br /> <strong>Vamos fazer umas continhas?</strong><br /><br /><a href="http://img2.orkut.com/images/mittel/7/2889807.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 106px; height: 107px;" src="http://img2.orkut.com/images/mittel/7/2889807.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />• Um ano letivo tem 200 dias;<br />• três dias por semana o dia letivo tem cinco aulas de 50 minutos;<br />• dois dias por semana o dia letivo tem seis aulas de 50 minutos.<br /><br />Logo:<br /><br />• Cada semana tem 27 aulas de 50 minutos:<br /><br />2 dias de 6 aulas + 3 dias de 5 aulas<br /><br /> 12 aulas + 15 aulas = 27 aulas<br /><br />• Cada aula dura 50 minutos, então:<br /><br />27 aulas X 50 minutos = 1350 minutos de aulas por semana ou 1350 minutos de aulas semanais.<br /><br />• O ano letivo possui 200 dias ou 40 semanas, então:<br /><br />40 semanas X 1350 minutos = 54.000 minutos ou 900 horas<br /><br /><strong>Será que em 900 horas é possível que não se aprenda nada?</strong><br /><br /><a href="http://img4.orkut.com/images/mittel/1197761567/12329369.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 113px; height: 126px;" src="http://img4.orkut.com/images/mittel/1197761567/12329369.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />Como conhecemos a boa qualidade do seu trabalho e temos certeza que acredita na sua própria capacidade, já sabemos a sua resposta. Não podemos esquecer também que não raras vezes os alunos nos surpreendem, pois temos o péssimo hábito de subestimá-los.<br /><br /> Apenas para aumentar a fúria do vulcão que lança jatos de magma intelectual em suas entranhas, vamos lembrar que os grandes teóricos da pedagogia desconsideram a indisciplina e o aluno que não quer aprender. <strong>Para eles, o professor deve mudar sua prática para atender a todos.</strong><br /><br /><a href="http://img4.orkut.com/images/mittel/1190430409/1271825.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 128px; height: 155px;" src="http://img4.orkut.com/images/mittel/1190430409/1271825.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><strong>Tá, mas já que eu quase matei vocês de raiva, agora podem perguntar: o que toda essa conversa tem a ver com avaliação?</strong><br /><br />A avaliação é parte importante do processo de ensino/aprendizagem. Através dela obtemos importantes informações a fim de direcionar nosso trabalho. Nem sempre a avaliação é a etapa final do processo. Ela pode ser o instrumento norteador para o profissional da educação.<br /><br /><strong>Ah, então é isso?</strong><br /><a href="http://img2.orkut.com/images/mittel/12/42912.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 128px; height: 135px;" src="http://img2.orkut.com/images/mittel/12/42912.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><strong>E como deve ser a avaliação então?</strong><br /><br /> Deve ser formativa, inclusiva, processual, diagnóstica, reguladora, mediadora, criteriosa (deve possuir parâmetros claros), deve utilizar vários instrumentos, deve ser inter-relacional, deve avaliar o trabalho do aluno e do professor. Jussara Hoffman defende a auto-avaliação como mais um eixo do processo de avaliação escolar.<br /><br /><strong>QUAIS DEVEM SER OS PARÂMETROS DA AVALIAÇÃO?</strong><br /><br />1. O aluno: como chegou, como caminhou ao longo do processo e como ficou;<br />2. objetivos: onde se pretendia chegar até aquele momento;<br />3. planejar ações: sem esse parâmetro todo o processo será em vão (isso faz parte do processo formativo).<br /><br />Antes o professor ensinava, o aluno “aprendia” e, em seguida vinha a avaliação – sempre nessa ordem. Hoje esse processo é cíclico, tudo acontece ao mesmo tempo.<br /><br /><strong>A AVALIAÇÃO NUNCA DEVE SER:</strong><br /><br />• Punitiva<br />• fator de julgamento<br />• seletiva<br />• exclusiva<br /><br />De acordo com Luckesi (1999), a avaliação que se pratica na escola é a avaliação da culpa. Aponta, ainda, que as notas são usadas para fundamentar necessidades de classificação de alunos, onde são comparados desempenhos e não objetivos que se deseja atingir.<br /><br />Segundo Perrenoud (2000), normalmente, define-se o fracasso escolar como a conseqüência de dificuldades de aprendizagem e como a expressão de uma “falta objetiva” de conhecimentos e de competências. Esta visão que “naturaliza” o fracasso, impede a compreensão de que ele resulta de formas e de normas de excelência que foram instituídas pela escola, cuja execução revela algumas arbitrariedades, entre as quais a definição do nível de exigência do qual depende o limiar que separa aqueles que têm êxito daqueles que não o têm.<br /><br />Num próximo HTPC vamos estudar os tipos de avaliação, bem como seus objetivos e impactos.<br /><br /> O objetivo desse HTPC não é mudar as crenças didáticas de ninguém. É levar à reflexão e às práticas que possam nos auxiliar a realizar um trabalho mais eficiente, mais humano e mais justo.<br /><br /> Agradecimentos à valorosa e batalhadora equipe docente da E.E. Ayrton Senna da Silva.<br /><br /><br />Douglas Fersan<br />PCP - Ensino Fundamental<br />E.E. Ayrton Senna da Silva<br />D.E. São Bernardo do CampoDouglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-66290603483896010162009-05-30T10:22:00.000-07:002009-05-30T11:22:37.049-07:00HTPC - A importância da leitura<strong>LER É PERIGOSO... MUITO PERIGOSO!</strong><br /><br />Início: vídeo "devia ser proibido ler"<br />http://www.youtube.com/watch?v=iRDoRN8wJ_w&feature=related<br /><br /><strong>A leitura não é um “dom” ou um hábito inato. É um costume adquirido ao longo da formação do indivíduo. Esse processo pode ser iniciado no próprio lar, mas é na escola, com o incentivo dos educadores que ele é reforçado e valorizado. </strong><br /><br />O hábito da leitura não serve apenas para enriquecer o vocabulário e a cultura do indivíduo. Ele é fundamental também para a compreensão do mundo e de si mesmo. É uma importante e poderosa arma para defender-se das injustiças, daqueles que tentam burlar os seus direitos e também contra as trevas da ignorância. <br /><br /><strong>Quem possui conhecimento detém o poder.</strong><br /><br /><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/0a/GD-EG-Louxor-126.JPG/300px-GD-EG-"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 225px;" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/0a/GD-EG-Louxor-126.JPG/300px-GD-EG-" border="0" alt="" /></a><br /><br />O escriba profissional era uma importante figura nos vários aspectos da administração do antigo Egito — civil, militar e religioso. A maioria dos egípcios não sabia ler e escrever e quando uma pessoa iletrada precisava redigir ou ler um documento, via-se obrigada a pagar o serviço de um escriba. Cerca de 12 anos eram necessários para que alguém estivesse em condições de ler e escrever os cerca de 700 hieróglifos que eram comumente usados no decorrer do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.) e os estudos podiam começar aos quatro anos de idade. Muitos exercícios escolares antigos sobreviveram em seu inteiro teor, com correções dos professores, e são geralmente cópias dos clássicos egípcios. Como o papiro era um material caro, os aprendizes praticavam em pedaços planos de pedra calcária, cerâmica, ou madeira emplastrada. Os professores não eram modelos de paciência; um deles exclama: <em>As orelhas de um aluno estão nas costas. Ele só escuta quando nela batem. </em>A máquina administrativa egípcia era formada basicamente por escribas. Eles se encarregavam de organizar e distribuir a produção; de controlar a ordem pública; de supervisionar todo e qualquer tipo de atividade. Obedeciam a autoridade dos faraós ou dos templos. A habilidade para escrever garantia uma posição superior na sociedade e a possibilidade de progresso na carreira. A subida da escada social não era fácil, mas a profissão de escriba facilitava as realizações do indivíduo. Um texto destinado a instruir os escribas, usado durante o Império Novo, garantia: <br /><em>"Seja um escriba. Isso lhe salvará da labuta e lhe protegerá de todo tipo de trabalho. Você será poupado de enfrentar a enxada e o alvião, de forma que não terá que carregar cestas. Você ficará livre de manipular o remo e será poupado de todo tipo de sofrimento."</em><br />Conhecer a escrita era a chave para toda a erudição daqueles tempos e os escribas se tornaram os depositários da cultura leiga e religiosa e acabaram dominando todas as atividades profissionais, a ponto de ocuparem até os cargos de oficiais do exército durante o Império Novo. Agrônomos, engenheiros, contadores ou sacerdotes, podiam acumular vários cargos e muitos o faziam. <br />A educação desses homens, feita geralmente em escolas pertencentes aos grandes templos, era bastante austera e, na maioria dos casos, lhes impunha um código moral elevado e bem intencionado. Nota-se em seus escritos um certo desprezo pela plebe e um grande respeito pela ordem social, considerada esta como a perfeita expressão da harmonia universal. Mesmo que evitassem as prevaricações, conforme os princípios que regiam seus serviços, — explica o egiptólogo francês J. Yoyotte — desfrutavam de gratificações proporcionais à sua posição na hierarquia (era ampla a variação dessas remunerações, pelo menos na XII dinastia): doações de terras, salários em mantimentos, benefícios sacerdotais deduzidos dos rendimentos regulares dos templos e das oferendas reais, donativos honoríficos ou presentes funerários recebidos diretamente do soberano. Os mais graduados viviam em grande estilo neste mundo e no outro, e sua riqueza, sem falar de sua influência, dava-lhes poderes de patronagem.<br /><br />Então concluímos que:<br />• O domínio do saber é fator determinante para a realização e profissional, além da ascensão social;<br />• a aquisição do conhecimento passa pelo domínio da linguagem escrita;<br />• essas verdades são antigas...<br /><br /> <a href="http://img1.orkut.com/images/mittel/1216866246/225021/uf.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 113px; height: 160px;" src="http://img1.orkut.com/images/mittel/1216866246/225021/uf.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />...muito antigas!<br /><br /><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a4/Hebe_Camargo.jpg/190px-"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 190px; height: 273px;" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a4/Hebe_Camargo.jpg/190px-" border="0" alt="" /></a><br /><br /><strong>Erra aquele que pensa que o domínio da leitura é uma faculdade que atende apenas às necessidades do estudo da Língua Portuguesa. A leitura é um fator primordial para o entendimento de todas as áreas do conhecimento e das ciências, não importando se são exatas, humanas, biomédicas ou que tenham qualquer outra denominação. Aquele que não está habituado a ler, raramente compreende o teor da mensagem que lhe é transmitida de maneira escrita. Incentivar a leitura é dever de todo professor, não importando a sua disciplina.</strong><br />Mas tenha calma!!!<br /><br /><a href="http://img4.orkut.com/images/mittel/1227614251/85692/ln.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 106px; height: 160px;" src="http://img4.orkut.com/images/mittel/1227614251/85692/ln.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />Se você é professor de História, não precisa mandar seu aluno ler o Dicionário Filosófico de Voltaire.<br /><br /><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f3/Voltaire.jpg/200px-Voltaire.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 226px;" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f3/Voltaire.jpg/200px-Voltaire.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />Ou, se você é professor de Ciências, não exija de seus alunos a leitura sobre os tratados de Darwin.<br /><br /><a href="http://img4.orkut.com/images/mittel/87/1381587.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 115px; height: 160px;" src="http://img4.orkut.com/images/mittel/87/1381587.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />Respeitar o momento do educando é fundamental para o sucesso da tarefa de educar.<br /><strong>Opa!!!<br />Então a nossa prosa vai tomar outro rumo...</strong><br />Você já ouviu falar em desenvolvimento real e desenvolvimento potencial?<br />São conceitos desenvolvidos pelo psicólogo, professor e pesquisador russo <strong>Lev Semenovichi Vygotsky.</strong><br /><a href="http://www.centrorefeducacional.com.br/images/vygotsky1.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 216px; height: 252px;" src="http://www.centrorefeducacional.com.br/images/vygotsky1.png" border="0" alt="" /></a><br /><br />Vygotsky desenvolveu interessante teoria, demonstrando a importância da integração social, como fonte do conhecimento.<br />A teoria se baseia na interação do indivíduo com o meio social, onde, ele pode avançar além de seu desenvolvimento atual, até certo ponto, com a ajuda de outros indivíduos.<br />Vygotsky descreve dois níveis de desenvolvimento, denominados desenvolvimento real e desenvolvimento potencial. <br />O desenvolvimento real é aquele que já foi consolidado pelo indivíduo, de forma a torná-lo capaz de resolver situações utilizando seu conhecimento de forma autônoma. <br />O desenvolvimento potencial é aquele que o sujeito poderá construir com o auxílio de outros. <br />É a partir desses dois níveis de desenvolvimento: real e potencial que Vygotsky define a zona de desenvolvimento proximal: <br />"Ela é a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes".<br />A nós, educadores, é de vital importância identificar a zona de desenvolvimento proximal de nossos alunos. O “felling” que possuímos para identificar esse momento da criança é que nos faz diferentes. <br /><br />Ou você, que leciona para as quintas séries, acredita que um aluno seria capaz de compreender o seguinte texto?<br /><br /><em>“O orifício de formato circular localizado no centro da região glútea de um indivíduo em estado de consciência alterado pelo efeito etílico não constitui propriedade privada de outrem”.</em><br /><br /><a href="http://img2.orkut.com/images/mittel/41/722041.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 125px; height: 160px;" src="http://img2.orkut.com/images/mittel/41/722041.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />Cada criança possui a sua individualidade e o seu momento. Conhecer e respeitar as características de cada um dentro do processo de ensino/aprendizagem é, ainda que feito de maneira inconsciente, identificar a zona de desenvolvimento proximal do aluno. Respeitando essas particularidades, cabe ao educador promover a prática da leitura como forma de desenvolver o indivíduo em sua plenitude intelectual, abrindo sua mente para todos os campos do conhecimento.<br /><br /><em>“_Por que será que meus alunos não conseguem solucionar os problemas que passo para resolver no caderno?” </em>– perguntou certo professor de matemática.<br /><br /><em>“_Você lê os problemas para seus alunos?”</em> – respondeu, com outra pergunta, seu belo e meigo coordenador pedagógico.<br /><br />Não basta ler. É preciso compreender aquilo que se lê.<br />Gradualmente passamos a níveis mais elevados de leitura, conhecendo a realidade do indivíduo a quem educamos.<br /><br />Tá... e como conseguir isso?<br /><br />Resposta:<br /><strong>INCENTIVANDO A LEITURA.</strong><br />Como?<br />Existem algumas estratégias...<br /><br /><br /><a href="http://img1.orkut.com/images/mittel/1227929037/77720061/ln.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 122px; height: 160px;" src="http://img1.orkut.com/images/mittel/1227929037/77720061/ln.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><a href="http://img3.orkut.com/images/mittel/74/14919674.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 128px; height: 154px;" src="http://img3.orkut.com/images/mittel/74/14919674.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><a href="http://img4.orkut.com/images/mittel/1201802109/43308044.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 128px; height: 85px;" src="http://img4.orkut.com/images/mittel/1201802109/43308044.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />Um exemplo...<br />Leitura do texto “Felicidade Clandestina”, de Clarice Lispector (acompanhada pela narração de Aracy Balabanian - material disponibilizado pela Oficina Pedagógica da Diretoria de Ensino de São Bernardo do Campo)<br /><br />Não existem fórmulas mágicas na Educação, mas existem ações pontuais e tentativas adequedas às particularidades de cada grupo ou indivíduo. A única "magia" que existe é a sensibilidade (chamado por alguns de <em>felling</em>) do educador, que identifica momentos e situações, sabendo exatamente quando e como agir.<br /><br />Para encerrar: “O Caderno” - de Toquinho e Mutinho<br /><br />Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=y-ZaQkPnf4k&feature=related<br /><br />Agradecimentos:<br />À valorosa, competente e guerreira equipe de professores da E.E. Ayrton Senna da Silva, sempre disposta a construir um futuro melhor.<br /><br /><a href="http://img4.orkut.com/images/mittel/16/19788716.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 128px; height: 109px;" src="http://img4.orkut.com/images/mittel/16/19788716.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br />HTPC realizado no dia 07 de maio de 2009<br />Douglas Fersan<br />PCP - Ensino Fundamental<br />E.E. Ayrton Senna da SilvaDouglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-27513807488187596782009-05-28T17:50:00.001-07:002009-05-29T11:23:09.635-07:00HTPC sobre violência e inclusão<strong>SE NÃO PRATICARMOS A INCLUSÃO, O CRIME PRATICARÁ</strong><br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_3CQpqCFK9hc/Sh8yTnKItVI/AAAAAAAAAFo/QjLZa7l7_vQ/s1600-h/delinquente.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 128px; height: 84px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_3CQpqCFK9hc/Sh8yTnKItVI/AAAAAAAAAFo/QjLZa7l7_vQ/s400/delinquente.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5341042995595097426" /></a><br /><br /><strong>O ALUNO IDEAL:</strong>• Está sempre limpo e alimentado;<br />• vive em uma família feliz e bem estruturada;<br />• tem grande interesse em aprender coisas novas;<br />• sempre diz “por favor”, “com licença”, “muito obrigado” e “desculpe” (mesmo quando tem razão);<br />• conhece seu lugar e condição.<br /><br /><a href="http://img3.orkut.com/images/mittel/1220132041/7262523/ln.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 111px; height: 160px;" src="http://img3.orkut.com/images/mittel/1220132041/7262523/ln.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><strong>O ALUNO REAL:</strong><br />• É problemático;<br />• coloca outros interesses acima dos estudos;<br />• tem problemas familiares (quando tem família);<br />• usa a escola como válvula de escape para seus problemas pessoais;<br />• apresenta dificuldades de aprendizagem;<br />• não tem noções de respeito e propriedade, assim como não conhece limites;<br /><br /><a href="http://img3.orkut.com/images/mittel/31/171031.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 117px; height: 160px;" src="http://img3.orkut.com/images/mittel/31/171031.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><strong>COM QUAL TIPO DE ALUNO VOCÊ COSTUMA DEPARAR?</strong><br /><br /><a href="http://img2.orkut.com/images/mittel/77/15893177.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 80px; height: 80px;" src="http://img2.orkut.com/images/mittel/77/15893177.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><strong>O PROFESSOR IDEAL:</strong><br />• Está sempre feliz e sorridente (afinal seu aluno é o ideal, assim como seu salário);<br />• compreende como os problemas pessoais interferem na aprendizagem do aluno;<br />• não falta (mesmo quando fica doente);<br />• busca os recursos mais extravagantes possíveis para prender a atenção dos alunos;<br />• elabora projetos que visam sanar as dificuldades e defasagens de seus pupilos;<br />• supera as ofensas, desgastes, os atos de desrespeito e demais mazelas porque acredita na Educação.<br /><br /><a href="http://img1.orkut.com/images/mittel/63/12958063.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 128px; height: 96px;" src="http://img1.orkut.com/images/mittel/63/12958063.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><strong>O PROFESSOR REAL:</strong><br />• Tem problemas pessoais;<br />• às vezes falta, pois como qualquer ser humano, fica doente;<br />• faz malabarismos para sobreviver com o salário de educador;<br />• frequentemente depara-se com o aluno real (e não o ideal);<br />• não raras vezes se vê obrigado a improvisar, pois não teve tempo de preparar suas aulas;<br />• muitas vezes perde a paciência com os alunos, coordenador, diretor...<br />• no auge de sua ira, coloca os alunos para fora da sala, pois se eles tem problemas em casa, isso não é da sua conta.<br /><br /><a href="http://img2.orkut.com/images/mittel/16/27010416.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 116px; height: 160px;" src="http://img2.orkut.com/images/mittel/16/27010416.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><strong>Se você acredita no aluno e no professor ideal... bem, é um direito seu...</strong><br /><br /><a href="http://img2.orkut.com/images/mittel/48/14853648.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 128px; height: 141px;" src="http://img2.orkut.com/images/mittel/48/14853648.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><strong>Mas se você acredita que a realidade deve ser discutida, vamos ao debate!</strong><br /><br /><br /><a href="http://img1.orkut.com/images/mittel/1213301156/1417483/ln.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 128px; height: 96px;" src="http://img1.orkut.com/images/mittel/1213301156/1417483/ln.jpg" border="0" alt="" /></a><br /><br /><strong>“A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.” </strong>(Vinícius de Moraes). A escola é o local dos encontros, da descoberta das diferenças, através das quais se dá o amadurecimento e a possibilidade de conviver com o semelhante e o "não-semelhante".<br /><br /><strong>Ser ético e reconhecer o outro, na plenitude desse verbo.</strong><br /><br />A escola deve colocar diante do educando algo que faça sentido em sua vida, para que ela não se torne um espaço de violência ideológica e pedagógica. A ausência de sentido constitui uma grave violência contra o ser social que se forma.<br /><br /><strong> A educação se dá através da palavra, das relações sociais e dos exemplos.</strong><br /><br /> Olhar um jovem e temer ser furtado por ele é reconhecer que esse mesmo jovem teve algo furtado em algum momento de sua vida.<br /><br />A violência escolar atinge 1 milhão de crianças por dia!<br /><br />• 67,5% dos alunos já presenciaram atos de vandalismo, depredação ou arruaça;<br />• 27% dos alunos já viram pessoas armadas na escola;<br />• Mais de 80% dos alunos já se sentiu agredido no ambiente escolar.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />“Reconceitualizar” a violência é pensar as formas de combatê-la, fugindo do senso comum.<br /><br /><br />Caracterização de ato de violência:<br />• Falta de justificação;<br />• ilegalidade;<br />• violação de direitos, liberdades e propriedades;<br />• constrangimento, intimidação, coação.<br /><br />A violência pode ser:<br />• Direta e livre;<br />• indireta (direcionada ao sujeito marginalizado, bullyng);<br />• inibida (calúnia, difamação);<br />• negativa (omissão, silêncio permissivo).<br /><br /><br /><strong>Quando o “outro” não é ouvido, a violência é potencializada.</strong><br /><br /><br />“Educar é um ato de fé e transformação da realidade, é seguir em direção àquilo que ainda não está construído. Educar é um ato de sonhar.” (Renato Alves)<br /><br /> <br />Se não trabalharmos pela preservação dos direitos do outro, dificilmente ele respeitará os direitos de alguém.<br /><br /><strong>Toda força bruta representa nada mais do que um sintoma de fraqueza.</strong><br /><br />Somos professores reais e deparamos todos os dias com alunos reais. Fugir da realidade é entregar a arma nas mãos do bandido. Trabalhar por uma escola sem violência é lutar para não ter a quem entregar armas.<br /><br />Frases que nortearam a reflexão do HTPC de 26/02/2009<br /><br />Douglas Fersan<br />PCP - Ensino Fundamental<br />E.E. Ayrton SennaDouglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4820739318985430878.post-16039242848883336332009-05-27T18:14:00.000-07:002009-05-27T18:33:30.809-07:00A Educação não é um problema.<a href="http://4.bp.blogspot.com/_3CQpqCFK9hc/Sh3pQ3AZF8I/AAAAAAAAAFA/goXqKuLzKdE/s1600-h/terra.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 313px; height: 400px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_3CQpqCFK9hc/Sh3pQ3AZF8I/AAAAAAAAAFA/goXqKuLzKdE/s400/terra.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5340681208984049602" /></a><br />Enxergar a Educação como um problema é ter uma visão extremamente limitada das coisas.<br /><br />A Educação nunca foi, nunca será um problema. A educação está cercada de problemas, isso sim é uma verdade. Mentalidades retrógradas, conceitos que mais parecem pré-conceitos (sim, grafados dessa forma mesmo), crenças sectárias em receitas arcáicas e ultrapassadas, falta de visão sobre os papéis do Educando e do Educador, instituições moribundas (principalmente a família), valores invertidos, comodismo, ideologias fracassadas e viseiras que ocultam parte da realidade são alguns dos problemas que impedem que o processo de ensinar, aprender, construir e mediar não atinjam o sucesso pleno. São problemas pertinentes à Educação. A Educação nunca foi um problema, ela sempre será a maior das soluções. O Educador que não crê nessa verdade ainda desconhece a sua capacidade transformadora.<br /><br />Douglas Fersan<br />PCP - 2009<br />E.E. Ayrton Senna da SilvaDouglas Fersanhttp://www.blogger.com/profile/11348373652127021679noreply@blogger.com0