SE NÃO PRATICARMOS A INCLUSÃO, O CRIME PRATICARÁ
O ALUNO IDEAL:• Está sempre limpo e alimentado;
• vive em uma família feliz e bem estruturada;
• tem grande interesse em aprender coisas novas;
• sempre diz “por favor”, “com licença”, “muito obrigado” e “desculpe” (mesmo quando tem razão);
• conhece seu lugar e condição.
O ALUNO REAL:
• É problemático;
• coloca outros interesses acima dos estudos;
• tem problemas familiares (quando tem família);
• usa a escola como válvula de escape para seus problemas pessoais;
• apresenta dificuldades de aprendizagem;
• não tem noções de respeito e propriedade, assim como não conhece limites;
COM QUAL TIPO DE ALUNO VOCÊ COSTUMA DEPARAR?
O PROFESSOR IDEAL:
• Está sempre feliz e sorridente (afinal seu aluno é o ideal, assim como seu salário);
• compreende como os problemas pessoais interferem na aprendizagem do aluno;
• não falta (mesmo quando fica doente);
• busca os recursos mais extravagantes possíveis para prender a atenção dos alunos;
• elabora projetos que visam sanar as dificuldades e defasagens de seus pupilos;
• supera as ofensas, desgastes, os atos de desrespeito e demais mazelas porque acredita na Educação.
O PROFESSOR REAL:
• Tem problemas pessoais;
• às vezes falta, pois como qualquer ser humano, fica doente;
• faz malabarismos para sobreviver com o salário de educador;
• frequentemente depara-se com o aluno real (e não o ideal);
• não raras vezes se vê obrigado a improvisar, pois não teve tempo de preparar suas aulas;
• muitas vezes perde a paciência com os alunos, coordenador, diretor...
• no auge de sua ira, coloca os alunos para fora da sala, pois se eles tem problemas em casa, isso não é da sua conta.
Se você acredita no aluno e no professor ideal... bem, é um direito seu...
Mas se você acredita que a realidade deve ser discutida, vamos ao debate!
“A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.” (Vinícius de Moraes). A escola é o local dos encontros, da descoberta das diferenças, através das quais se dá o amadurecimento e a possibilidade de conviver com o semelhante e o "não-semelhante".
Ser ético e reconhecer o outro, na plenitude desse verbo.
A escola deve colocar diante do educando algo que faça sentido em sua vida, para que ela não se torne um espaço de violência ideológica e pedagógica. A ausência de sentido constitui uma grave violência contra o ser social que se forma.
A educação se dá através da palavra, das relações sociais e dos exemplos.
Olhar um jovem e temer ser furtado por ele é reconhecer que esse mesmo jovem teve algo furtado em algum momento de sua vida.
A violência escolar atinge 1 milhão de crianças por dia!
• 67,5% dos alunos já presenciaram atos de vandalismo, depredação ou arruaça;
• 27% dos alunos já viram pessoas armadas na escola;
• Mais de 80% dos alunos já se sentiu agredido no ambiente escolar.
“Reconceitualizar” a violência é pensar as formas de combatê-la, fugindo do senso comum.
Caracterização de ato de violência:
• Falta de justificação;
• ilegalidade;
• violação de direitos, liberdades e propriedades;
• constrangimento, intimidação, coação.
A violência pode ser:
• Direta e livre;
• indireta (direcionada ao sujeito marginalizado, bullyng);
• inibida (calúnia, difamação);
• negativa (omissão, silêncio permissivo).
Quando o “outro” não é ouvido, a violência é potencializada.
“Educar é um ato de fé e transformação da realidade, é seguir em direção àquilo que ainda não está construído. Educar é um ato de sonhar.” (Renato Alves)
Se não trabalharmos pela preservação dos direitos do outro, dificilmente ele respeitará os direitos de alguém.
Toda força bruta representa nada mais do que um sintoma de fraqueza.
Somos professores reais e deparamos todos os dias com alunos reais. Fugir da realidade é entregar a arma nas mãos do bandido. Trabalhar por uma escola sem violência é lutar para não ter a quem entregar armas.
Frases que nortearam a reflexão do HTPC de 26/02/2009
Douglas Fersan
PCP - Ensino Fundamental
E.E. Ayrton Senna
quinta-feira, 28 de maio de 2009
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